sexta-feira, 28 de junho de 2019

Deuses Celtas: Blodeuwedd, Bran e Branwen

Blodeuwedd
Blodeuwedd é considerada a Deusa das flores, da sabedoria, mistérios e iniciações. Seu nome significa "face de flor" ou "flor branca" e ela foi criada por Gwydion e Math, a partir de nove flores. Os celtas acreditavam que através de suas nove flores poderiam atrair as bênçãos da deusa, são elas:
1. Giesta - capaz de purificar e proteger;
2. Barbana - afasta os maus espíritos e energias negativas; 
3. Flores do Prado - traziam gentileza e amor natural; 
4. Prímula - que atraía o verdadeiro amor; 
5. Urtiga - que estimula os desejos e as paixões; 
6. Espinheiro - conduz a pureza de espírito;
7. Flores do carvalho - capazes de trazer mais vigor, força e aguçar os poderes da fertilidade;
8. Castanheiro - a permanência do amor;
9. Feijão - trazia as bênçãos da deusa sobre sua criação.
Blodeuwedd foi criado por Gwydion e Math a partir de nove flores para ser a esposa de Llew Llaw Gyffes, visto que este fora amaldiçoado por sua mãe, Arianrhod, a nunca poder desposas mulher nenhuma. 
Seu mito, muito interessante, é aqui descrito:
Ela vivia assim, como a esposa encantadora de Llew, se comportava, se vestia e estava muito feliz. Llew desejou então passar uns dias com Gwydion, seu pai de criação e Blodeuwedd resolveu alcançá-lo alguns dias mais tarde, levando consigo duas senhoras como acompanhantes.
Gronw Pedyr era o Senhor de Penllyn, proprietário de um castelo onde Blodeuwedd decidiu passar à noite, para na manhã seguinte seguir sua viagem. Na hora do jantar conversaram longamente e ela sentiu uma forte atração por aquele estranho charmoso. Gronw também ficou enfeitiçado com sua beleza e os acabaram passando a noite juntos.
Blodeuwedd deveria partir no outro dia, mas Gronw não deixou. Ela ficou mais um dia ... mais um dia-mais outro. Finalmente os amantes buscaram uma maneira de permanecerem juntos para sempre. Blodeuwedd, entretanto, avisa a Gronw que seu marido é muito forte e possui poderes sobrenaturais que impedem qualquer um de matá-lo da maneira convencional. Gronw enviou-a de volta para casa, com o intuito de descobrir uma maneira de matar seu marido.
Tão logo chegou, Blodeuwedd manifestou para Llew, o seu receio pela sua segurança e solicitou a informação de como uma pessoa poderia matar-lhe. O deus Llew, divertiu-se com a preocupação da esposa para finalmente lhe informar que só poderia ser morto por uma lança que deveria ser trabalhada durante um ano e um dia. Também não poderia ser morto dentro de casa, nem fora dela, assim como cavalgando ou a pé.
- Então que maneira há para matá-lo? Pergunta ansiosa Blodeuwedd.
Suas preocupações são sanadas quando Gronw que só poderiam matá-lo ao banhar-se embaixo de um telhado de sapê, num caldeirão na margem do rio, em pé, com uma perna tocando um cervo. - Agradeço aos céus, pois é bem fácil evitar isso. Falou ele.
Imediatamente após receber as informações enviadas por Blodeuwedd, o Gronw começou a trabalhar na lança. Depois de um ano e um dia, Blodeuwedd volta a ter nova conversa com seu marido sobre a maneira como poderia ser modo, mas desta vez, finge ela, que não poderia imaginar nenhum homem ficar parado com um pé na borda de uma caldeirão e outro em uma cabra, sem perder o equilíbrio.
Llew, riu da curiosidade de sua esposa e se dispôs a realizar o ritual. Colocou o pé direito no caldeirão e o outro na cabra e foi neste momento golpeado pela laça preparada por Gronw. Ferido, transformou-se em uma águia que voou para longe com gritos de dor.
Blodeuwedd e Gronw retornaram ao castelo, absolutamente certos que seriam felizes para sempre. Mas Gwydyon, seu pai de criação, muito triste e aborrecido com o que havia sucedido, foi em busca de Llew e quando finalmente o encontrou sob a forma de águia, tocou-o como sua vara mágica e então ele voltou a assumir a forma humana.
Llew pediu então, vingança para os dois traidores e Gwydyon concordou em ajudar-lhe. Foi assim que uma maldição foi lançada à Blodeuwedd e transformou-a em uma criatura da noite: uma coruja. Nunca mais ela veria a luz do Sol. Como a maioria dos pássaros nutrem inimizade pela coruja, ela jamais teria paz, pois eles iriam perturbá-la.
Gwydyon também designou que Blodeuwedd, mesmo assim, não perderia seu nome e é por isso que até hoje as corujas são chamadas de Blodeuwedd em galês.
Gronw foi morto pelas próprias mãos de Llew.
Esta história é encontrada no Mabinogion, o ciclo galês mitológico.

Esse mito demonstra bem a essência de Blodeuwedd e sua ligação com todas as mulheres. As mulheres são tratadas como objetos para satisfazer os homens, com funções e papéis pré-definidos pela sociedade patriarcal. Essa Deusa rebelou-se contra esse sistema e exerceu seu poder feminino, escolhendo o homem que deveria amar e o caminho que deveria seguir. Blodeuwedd representa o empoderamento feminino. Essa Deusa rege sobre o amor, a paixão, impulsividade, instintos, feminilidade, empoderamento, ruptura de padrões, libertação emocional e todos os assuntos ligados à esfera emocional das mulheres.

Bran
Bran, O Abençoado, foi um grande rei na Grã-Bretanha na mitologia Galesa. Seu nome significa "corvo" em galês e, antes de Arthur, Bran era considerado o grande campeão da Grã-Bretanha, por ser um guerreiro inigualável. Bran era um gigante, filho de Lir, o Deus dos mares com uma humana.
Seu mito mais famoso envolve o casamento de sua irmã com o então rei da Irlanda, disponível em: http://portal-dos-mitos.blogspot.com/2016/04/bran-o-abencoado.html.
É um Deus fortemente associado à guerra, batalhas, soberania, reinado, proteção em geral, principalmente familiar.

Branwen
Branwen é a Deusa galesa do amor e da beleza, similar à Afrodite dos gregos. Irmã de Bran e filha de Lir, Branwen é a Deusa considerada a personificação dos espíritos da natureza, rege a vitalidade, a paixão, amor, beleza, sexualidade, energia e ciclos femininos. Seu mito, o mesmo de seu irmão, é o que se segue:
Foi concedida a mão de Branwen, por seu irmão Bran ao rei da Ywerddon, Irlanda, Matholwch, com o intuito de propor uma aliança entre os países. Uma grande festa foi organizada para celebrar tão grandioso acontecimento. Mas eis que surge Efnisien, um meio-irmão de Bran, que irritado por não ter sido consultado, mutila os cavalos de Matholwch. Este último, toma a atitude como um insulto grave e manda seus homens prepararem os navios para regressar à Irlanda. Bran intercede à tempo, oferecendo-lhe ricos presentes em prata e ouro para acalmá-lo. O novo casal parte então para Ywerddon e um ano após nasce Gwern. Porém, a pesar de tudo o rei permanecia irritado e verifica-se que a crise não tinha sido superada. A
união do casal sempre ficou estremecida em virtude de vestígios de ressentimento.
Rumores do acontecido foi ouvido por seus súditos, que desaprovaram a atitude do rei. Cedendo aos seus conselhos, Matholwch resolveu vingar-se de Bran através de sua irmã. Sendo assim, expulsou-a do leito nupcial real mandando-a para a cozinha, onde além de ser obrigada a realizar duras tarefas era periodicamente maltratada a mando do marido.
Isto durou três anos. Neste período Branwen treinou um estorninho a falar e enviou-o à Gales. Desta forma, seu irmão Bran foi avisado de que ela corria perigo e necessitava de ajuda. O rei de Gales enfurecido, prepara seu exército e cruza o mar em direção de Ywerddon.
Na Irlanda uma aparição incomum: uma floresta materializou-se no mar. Matholwch, estarrecido com tal visão, chama Branwen. Ela lhe explica que tratava-se da Esquadra de seu irmão.
Em meio a um grande banquete onde Matholwch abdica seu trono ao seu filho Gwern, ainda criança. Neste exato momento, Efnisien e Bran junto com toda sua guarda chegam. Amigavelmente Efnisien, pede ao rei da Irlanda para abraçar o menino e obtêm o seu consentimento. Quando Gwern vai ao seu encontro, ele joga-o no fogo. Imediatamente o grande banquete torna-se uma batalha sangrenta. Após três dias o exército de Gales é vitorioso, mas o custo é altíssimo, pois seu exército fica reduzido à sete sobreviventes, entre os quais estava o irmão de Bran, Manawydan. Antes de morrer Bran ordena que seja decapitado e sua cabeça seja enterrada na Montanha Branca, em Londres, onde ficaria olhando em direção ao continente e protegeria seu país de invasões futuras.
Ao retornar, Branwen entra em profunda depressão e considera-se maldita por ter provocado tão horrendo conflito. Ela morre e seu corpo é enterrado às margens do rio Alaw, segundo a tradição, em Bedd Branwen, ou Tumba de Branwen. Os sobreviventes restantes seguem a esmo durante vários anos até conseguirem enterrar a cabeça mágica. (Fonte: http://cantinhodosdeuses.blogspot.com/2011/11/deusa-branwen.html)
Branwen possui como símbolos os pássaros brancos, visto que essa é considerada a sua cor, vacas, leite, macieiras.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Junípero, Basílico e Hipericão: Propriedades mágicas e medicinais

Nessa postagem falarei sobre três plantas, abrangendo suas propriedades botânicas, medicinais e aspectos mágicos e mitológicos.

Avisos paroquiais: ervas e plantas não são brincadeira, ok? Pesquise muito a respeito da erva antes de fazer uso medicinal e, se tiver dúvida, não use! 

Junípero
Os juniperus são um gênero de plantas coníferas pertencentes à família cupressaceae. Possui cerca de 60 espécies de arbustos e árvores de médio porte caracterizadas por madeira duradoura e longevidade. São plantas características de todo Hemisfério Norte e são conhecidas como zimbro, zimbreiro, junípero ou sabina. Seus frutos são utilizados medicinalmente para tratar distúrbios digestivos, como problemas intestinais e cólicas, além de ser útil no tratamento de males dos rins e bexiga. Ajuda a regular os níveis de ácido úrico no organismo e é eficaz para tratar males respiratórios, podendo ser borrifado no ambiente ou inalado. Também é utilizado na culinária como tempero.
Magicamente, o junípero é uma erva muito usada para proteção do lar, contra roubos, acidentes e energias malignas. Queime um rainho de junípero e espalhe a fumaça pela sua casa ou trabalho, pedindo proteção.

Basílico
Também conhecido como manjericão-de-folha-larga, o basílico é uma erva originária da África e Ásia, que cresce até cerca de 60 cm, possui folhas verde-claras ovaladas e flores brancas e rosadas, dispostas em formato de espigas. É largamente utilizada na culinária, especialmente a italiana. Seu chá é muito utilizado para auxiliar no tratamento de males digestivos, respiratórios e reumáticos.
Em magia, o basílico é associado à prosperidade, sucesso e fortuna. Carregue uma folha de basílico no bolso para atrair dinheiro.

Hipericão
Também chamado de erva-de-são-joão ou hipérico, o hipericão (hypericum perforatum) é uma erva presente na Europa, Ásia, norte da África e também Estados Unidos. É um arbusto que atinge cerca de 1m, com numerosas flores amarelas. É um calmante natural, usado com prescrição médica para o tratamento de alguns casos de depressão, ansiedade, insônia e estresse.
Magicamente, o hipericão é utilizado em rituais de banimento contra maus espíritos. Queime em casa sempre que sentir energias negativas agindo.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Roda do Ano: Sabat Yule

Hoje é 21 de junho e, no Hemisfério Sul, esta data marca o primeiro dia do inverno, onde os pagãos comemoram o sabat de Yule. Yule é o sabat que marca o renascimento do sol, após sua morte em Samhain. Esse é o dia mais curto do ano e a noite mais longa. Há vida novamente no mundo e, a partir de hoje, os dias ficarão gradualmente mais longos. É um sabat de renovação e muita esperança, onde celebramos o nascimento da Criança da Promessa, que será a ser o poderoso Deus Sol futuramente.

Na tradição wiccana, a Deusa deu a luz na noite de Yule e o mundo se alegra por receber seu filho tão esperado. A esperança se renova e temos novos ânimos para enfrentar os dias frios e longas noites. Um novo ciclo se inicia na eterna espiral da vida, que se reflete na perfeição da natureza à nossa volta.

Azevinho e pinheiro são plantas muito tradicionais de Yule desde a época doa pagãos antigos, pois estão sempre verdes, mesmo no inverno e simbolizam a fertilidade e a continuidade da vida. Também é tradicional a confecção de uma árvore enfeitada. As tradições natalinas derivam das festividades de Yule, visto que, no Hemisfério Norte, essa data coincide com o Natal cristão. 

É uma época propícia para destralhar, seja a casa ou a vida. Livre-se do que não mais lhe serve, limpe bem suas coisas, faça uma lista de hábitos, coisas e pessoas que só te atrasam e das quais você precisa se livrar. Olhe para a frente e sinta a renovação de Yule. A vida nasceu, então aproveite e celebre!

Celebrando Yule
Que haja luz! O Yule, no Brasil, coincide com o tradicional São João, então que tal acender uma fogueira para aquecer a longa noite? Se não puder, tudo bem, acenda velas verdes e vermelhas, decorando seu altar. Faça comidas típicas, como canjica de milho, bolo de fubá e um bom quentão. Saúde o Deus Renascido, o pequeno Rei do Inverno e agradeça pela vida, em todas as suas formas. Mais um ciclo se inicia e nossos ânimos precisam ser renovados. Cante para a Deusa ou dance, alegre-se e curta o clima frio. Celebre e aprecie a companhia da sua família e a sua própria.



Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Feitiço para Estimular o Intelecto com o Elemento Ar

Um bom feitiço não precisa necessariamente ter vela, fogo, cálice com água, incensos e símbolos elaborados. Fazer magia, nada mais é, do que manipular a energia. E a energia está presente em tudo. O elemento ar tem como domínio a mente humana, o intelecto, o conhecimento e o fluir dos pensamentos.

Esse feitiço é recomendado para fortalecer o intelecto, estimular o fluxo de pensamentos, raciocínio e auxiliar nos estudos, no trabalho, na resolução de problemas e clareza mental. Primeiro, procure um local arejado e quieto, como seu quintal ou em frente uma janela, caso more em apartamento. Coloque uma música meditativa e sente-se confortavelmente. Comece respirando fundo e suavemente para acalmar seu corpo e mente. Invoque o elemento ar e sinta uma brisa te tocar. Respire profundamente mais algumas vezes, sentindo o elemento ar. Diga palavras como:

"Que os meus pensamentos fluam como o vento,
Que minha mente seja rápida e forte como uma ventania,
Que o ar sopre-me conhecimento, inspiração e magia."

Respire fundo mais algumas vezes. Agradeça e está feito.



Beijos e bênçãos, 
Valaya Raven



sexta-feira, 7 de junho de 2019

Deuses Celtas: Arawn, Arianrhod e Arddhu

Mais uma vez, abordo nessa postagem aspectos de três Deuses encaixados na chamada mitologia celta.

Arawn
Para os povos que habitavam o País de Gales, os chamados galeses, Arawn era o rei do submundo, senhor do Outro Mundo, que morava em um castelo sobre o mar, visto como um palácio de vidro. Esse lugar, chamado Annwn, era belo e repleto de fartura e abundância. Arawn possuía um caldeirão chamado de Caldeirão da Abundância, objeto presente nas lendas Arthurianas, onde é narrado uma viagem de Arthur e seus companheiros para resgatarem o caldeirão. 
Arawn é considerado um Deus da morte, guerreiro e caçador universal. É uma potência masculina muito forte e soberana. Annwn é o seu reino, para onde os mortos vão e onde tudo é eterno e abundante. 


Arianrhod
Arianrhod é uma querida Deusa galesa, associada à Lua, céu e estrelas, ligada à fertilidade, feminilidade, ciclos e iniciações, roda do ano, magia, renascimento e à noite. O seu nome significa "roda de prata" ou "ciclo de prata", demonstrando clara a sua associação e ligação com a Lua. É uma Deusa donzela, virgem e contraparte do Deus Olwen, cujo nome significa "a roda de ouro".

Essa Deusa, também é fortemente associada ao mar, tem pele clara e luminosa e possui o caldeirão, círculo e porca branca como símbolo. Também é associada ao submundo e diz-se que seu castelo fica na boreal e na via láctea, em meio às estrelas. Associada ao submundo, Arianrhod se encarregava de recolher as almas dos guerreiros mortos em batalha a fim de levá-los até Moonland.

Seus aspectos mitológicos mostram essa Deusa presente no conto conhecido como "Math, o Filho de Mathonwy". Math era um rei mago que, para manter seu poder e reinado, deveria estar sempre com os pés no colo de uma virgem. Assim, a virgem moça Goewin era a fonte do poder e reinado de Math. Arianrhod possuía Gwydion como irmão que, por sua vez, era irmão de Gilvaethwy, que se apaixonou pela jovem Goewin, mas não podia confessar seu amor, visto que a moça estaria sempre com os pés de Math em seu colo, exceto se uma guerra ocorresse. Gwydion, utilizando de mentiras, enganos e magia, fez acontecer uma guerra e Math foi batalhar. As consequências dessa guerra geraram um banho de sangue e a morte do rei Pryderi, filho de Pwyll e Rhiannon.
Gilvaethwy foi até o castelo do rei mago Math e sentou-se arrogantemente onde o rei se sentava quando estava no castelo. Expulsou todos os presentes no salão, obrigando Goewin a ficar com ele. Gilvaethwy estuprou Goewin e a jovem ficou desesperada, pois, por não ser mais virgem, não poderia mais manter o poder e a soberania de seu rei. 
Quando a guerra acabou, Math voltou ao seu castelo e Goewin contou-lhe tudo que acontecera, do seu estupro às armações de Gilvaethwy para causar a guerra. Math castigou os dois irmãos, transformando-os em animais, e casou-se com Goewin para manter sua honra. No entanto, Math ainda precisa de uma virgem e Gwydion sugere sua irmã, Arianrhod, que é chamada por Math e tem sua virgindade testada, ao pisar em uma vara mágica. Ao pisar na vara, Arianrhod dá a luz a um menino, Dylanail Don e um outro ser, que viria a ser Lleu Llaw Gyffes. Dylan se torna um espírito do mar e foge para o oceano, enquanto que Llew Llaw Gyffes fica em posse de Gwydion e sofre três maldições por parte de Aruanrhod ao longo da vida.

Arddhu
Arddhu, "o escuro" é green man, Deus que habita matas e florestas e é representado como um homem com o rosto coberto por folhas. É o Deus da natureza, da vida selvagem, dos animais, fertilidade e renovação. 


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Estudos sobre Ogham: Fid Quert

Continuando os estudos sobre ogham, hoje abordo a décima letra do alfabeto oracular celta, Quert/Apple, que representa a árvore macieira, a letra Q e pronuncia-se quert.
A macieira (malus domestica) é uma árvore de porte pequeno, originada na Ásia Ocidental, da família rosaceae. Floresce na primavera e dá seus conhecidos frutos, as maçãs, no outono. A maçã é ótima para os dentes, rica em fibras e vitaminas, ajuda a combater a diarreia e a equilibrar o intestino. Além disso, previne colesterol, diabetes, alguns tipos de câncer e auxilia na digestão.

A maçã é um fruto carregado de misticismos e está presente na mitologia de vários povos. Para os nórdicos, eram símbolo de juventude e vida eterna, visto que a Deusa Iduna cultivava uma macieira que fornecia juventude eterna aos Deuses de Asgard. Na Grécia Antiga, a maçã era considerada o fruto do amor. Foi também uma maçã que concedeu à Eva e Adão o conhecimento, na tradição cristã, fazendo com que fossem expulsos do paraíso e levando-os a pecar. Para os povos galeses, a terra sagrada de Avalon contava com um belíssimo pomar de macieiras, sendo este lugar místico, muitas vezes, referido como Terra das Macieiras.

Em seu sentido ogâmico, Quert representa um tipo de loucura e demência divina, trazida pelo conhecimento e elevação espiritual. Demonstra uma longa jornada por essa loucura. Está associada também ao amor, paixão e desejo sexual que, de certa forma, são também uma espécie de loucura. É o êxtase dos poetas e apaixonados. Pede que o consulente seja mais flexível, menos preocupado com a opinião alheia. Uma oportunidade se mostra, seja em relação ao amor ou ao conhecimento, aproveite! Quert mostra muitas oportunidades, mas só uma escolha é a correta, múltiplos caminhos não levarão à nada. É o símbolo da vitalidade, juventude, vida eterna e brilhantismo.



Beijos e bênçãos,
Valaya Raven