sexta-feira, 8 de julho de 2016

Fid Beith: A Tela por Pintar #Ogham

Farei aqui no blog um estudo poético de cada Ogham, não deixarei uma frequência fixa, pois escreverei de acordo com minha prática de estudo sobre cada um ;)

Imagine uma tela branca e intocada. Imagine as tintas ao lado, suas mãos ainda limpas, seus olhos fixos no vazio. Veja as possibilidades, sinta cada caminho pelo qual pode seguir. Ali está Beith. Um início, um começo, o primeiro passo, os planos. Esse Ogham representa o momento de deixar o velho para trás, de deixar morrer o que não lhe serve mais, de pegar uma tela nova, branca, e começar a pintar uma nova arte. 
Em termos práticos, deixe velhos hábitos negativos, planeje o que você quer realizar, vá por uma rota diferente.
Olhe a Bétula e sinta as possibilidades, o novo se abrindo, as primeiras flores de primavera na velha Irlanda...




Às vezes, de vez em quando

A solidão é palpável num mundo de luzes e fotos. É como uma onda em mar aberto que começa sorrateira e ganha tamanho e poder. Não sou solitária, essa expressão é muito generalista. Sou só, às vezes, de vez em quando. É tão difícil encontrar alguém pra ouvir, pra rir, pra dizer "gostei da tua visão de mundo", "seus olhos veem tanto". É tão difícil não se estressar, não querer fugir, não desistir, não se isolar num bosque qualquer... 
Não me leve a mal, me leve a um sarau, fale de mpb, diga que que gosta de museus, que arte é a única coisa que faz de nós humanos, que gosta de animais, é pedir demais? Ser solitário é um estado forçado num ambiente de trivialidades, de momentos, nada de sentimentos. Prazer fútil. Dores egoístas. Alegrias superficiais. 
Meu mundo é bem mais profundo, é um mar inexplorado, é puro sentimento e razão, é continuidade. Não me leve a mal, pare de ver o jornal, leia mais, observe o que é belo, mas não o belo raro, o belo comum encanta muito mais. O sorriso. O mar. A terra que beija nossos pés. A lua que encanta. O vento que canta. Saia da caverna.