terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Poesia sobre Morrigan: O corvo na escuridão

Dizia-se minha aquela noite encantada,
com salmões a chapinar,
vaga-lumes a vaguear
e magia por todo ar.

Era uma lua antes do outono,
céu tão claro, tempo morno.
Minha mente a espantar o sono,
olho para o céu, há um corvo.

Sua manta é preta e brilhante,
em seus lábios um sorriso intimidante,
um arquejo lancinante,
"Quem és tu tão insinuante?"

"Sou teu peito a borbulhar,
sua espada a te guiar,
seu escudo a praguejar,
e tua mão a esmagar."

Em mulher se fez o corvo,
belas curvas, belo rosto.
Algures na escuridão,
o cajado em sua mão.

"Sou Morrigan, sua tolinha,
não vê que já és minha?
Despacha-te em caminhar,
tens uma guerra para lutar."

Pegou-me na mão e eu a segui,
virava-se curva, olhava para mim.
Uma sábia guerreira eu me tornaria,
e sob suas asas, qualquer batalha venceria.




    Valaya Merch Brain

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