terça-feira, 20 de agosto de 2019

Laranja, Consolda e Dill: Propriedades mágicas e medicinais

Avisos paroquiais: ervas e plantas não são brincadeira, ok? Pesquise muito a respeito da erva antes de fazer uso medicinal e, se tiver dúvida, não use! 

Laranja
A laranjeira (citrus sinesis) é uma árvore da família Rutaceae, cujo fruto é a laranja. Acredita-se que a laranja seja um fruto híbrido, surgido na Antiguidade pelo cruzamento da cimboa com a tangerina. Sua cor é alaranjada ou amarelada quando madura, o sabor varia do ácido ao doce e pode ser comida ao natural, em sucos e chás, receitas e outros inúmeros usos. A maioria dos historiadores acredita que sua origem tenha se dado na Índia. 
A laranja é riquíssima em vitamina C, duas unidades por dia suprem a necessidade do corpo por essa substância. Esse fruto é considerado um "remédio natural", devido às suas inúmeras propriedades medicinais. É útil contra alergias, intoxicações, problemas intestinais, purifica o corpo, é bom para a pele e eficaz contra gripes e resfriados. É recomendado seu consumo pura, com o estômago vazio para que os benefícios aconteçam.
A laranja é magicamente associada ao dinheiro, fertilidade, purificação e amor. Queime folhas secas de laranja para purificar e harmonizar a casa.

Colsolda
A consolda (Symphytum officinale) é uma planta herbácea pertencente à família das borragináceas. Pode atingir até 1m de altura e é uma planta comum na Europa, resistente ao frio, cuja flora acontece entre maio e junho. A consolsa é largamente utilizada na indústria cosmética e farmacêutica. É uma planta comestível, utilizada também na compostagem, útil para cicatrização, inseticida e bioestimulante.
É magicamente associada à sorte, prosperidade, saúde e segurança. Leve raminhos com você durante viagens.

Dill
O dill, entro ou aneto (Anethum graveolens) é uma erva aromática da família das apiáceas, originária do mediterrâneo, largamente utilizada na culinária. Muitas vezes, pode ser confundida com o funcho ou erva-doce, mas tem como diferença um tamanho menor, atingindo, no máximo, 1m, em casos excepcionais. É eficaz para tratar problemas digestivos, acalmar os nervos, problemas respiratórios e inflamações.
É uma erva associada à proteção, usada antigamente para proteção contra malefícios, pendurada no quarto de crianças para livrá-las do mal. Também é usada em feitiços de amor. 


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Ritual Simples de Imbolc + Feitiço de Posperidade

Imbolc se aproxima, aqui no blog já tem um post bem completo sobre esse sabat e também sobre a Deusa reverenciada nele, Brighit. Imbolc é o meu sabat preferido, além de acontecer no mês do meu nascimento. Imbolc, para mim, simboliza renascimento, pois, após a parte mais fria do inverno ter passado, podemos respirar aliviados por a primavera estar se aproximando. Após um mês e meio de reclusão, é hora de nos purificarmos, agradecermos e planejarmos nossos próximos passos em relação aos nossos objetivos.

Celebrando Imbolc de forma simples
Para celebrar este sabat, tenha uma vela branca ou amarela, um copo de leite, alguns raminhos de alecrim. Coloque uma música condizente com a celebração, respire profundamente e acenda a vela. Observe o fogo e deixe sua mente vagar pelo significado de Imbolc. O frio está cedendo, o Deus Sol fica forte à cada dia, a Deusa alimenta seus filhos com seu sagrado leite maternal. Estamos seguros, estamos bem. Agradeça profundamente por tudo, desde sua casa e cobertas que o mantiveram seguros no frio, até o alimento, a saúde, as dificuldades superadas e conquistas. Como gratidão, ofereça o leite à Deusa, à terra, à Brighit e o beba. Em seguida, ofereça o ramo de alecrim ao Deus, ao sol e o queime na luz da vela. Peça proteção, purificação, renovação, força, prosperidade.

Feitiço de Prosperidade em Imbolc
Após a sua celebração, pegue caneta e papel e anote três objetivos que deseja realizar nos próximos 6 meses. Exemplos: entrar na faculdade, passar em um concurso para o qual está estudando, fazer uma cirurgia, mudar de emprego, etc. Recomendo que seja algo que você já está planejando a algum tempo, ou uma oportunidade que tenha surgido nessa época para você. Leia esses objetivos em voz alta algumas vezes, peça a bênçãos dos Deuses e visualize-os concretizados nas três Grandes Colheitas (Litha, Lughnasadh e Samhain). Passe o papel sobre a vela, sem queimá-lo e guarde consigo, na carteira, por exemplo, para que seja queimado na celebração das próximas colheitas

Dicas da bruxa
Gente, não se apeguem tanto com instrumentos, altares elaborados e oferendas gigantes. Veja o que você tem em casa e celebre, com simplicidade, mas do fundo do coração. Planeje-se, organize-se e dedique um tempo para celebrar, nem que seja somente com uma meditação. Ah, outra coisa, se não puder celebrar exatamente no dia 01 de agosto, celebre até 5 dias antes ou 5 dias depois. Eu, por exemplo, vou celebrar dia 03 ou 04, quando terei um tempo sozinha em casa e poderei celebrar com tranquilidade.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Deuses Celtas: Beli, Cerridwen e Dôn

Beli


Beli é um antigo Deus galês, também conhecido como Beli Mawr. É consorte da Deusa Dôn, considerado um grande líder e um Deus ancestral. Corresponde aos Deuses Belenus, dos gauleses e Bilé, dos irlandeses.

Cerridwen

Cerridwen ou Kerridwen é uma Deusa galesa muito querida e conhecida. É uma anciã, plena em sua sabedoria e associada aos fins de ciclo, morte, transformação e transmutação. É fortemente ligada a Lua, à bruxaria, por ser ela, também, uma feiticeira e às bruxas. Cerridwen é também conectada com a fertilidade, a abundância e sua face mãe também é forte. É a guardiã do caldeirão do conhecimento e da inspiração no submundo. Dotada de profecias e poderes místicos, Cerridwen tem em seu caldeirão todo o mistério divino, a sabedoria e a inspiração, por isso chamado de Arwen.
Cerridwen era casada com Tagid Foel e teve dois filhos: Crearwy, uma bela e luminosa jovem e Morfran, escuro, feio e maldoso. Diz-se que também que ela engoliu seu servo Gwion, que renasceu através dela como o Mago Taliesin.
Seu símbolo mais forte é seu caldeirão, sendo esta Deusa companheira dos feiticeiros e das bruxas. 

Dôn

Dôn é a grande Deusa mãe dos galeses, consorte de Beli e mãe de Amathon, Arianrhod, Gilvaethwy, Govannon, Gwydion e Nudd. É considerada a Deusa da terra, associada à fertilidade, abundância, prosperidade e feminilidade. Corresponde à Deusa Dana, dos irlandeses.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Hera, Alecrim e Cominho: Propriedades Mágicas e Medicinais

Nessa postagem falarei sobre três plantas, abrangendo suas propriedades botânicas, medicinais e aspectos mágicos e mitológicos.

Avisos paroquiais: ervas e plantas não são brincadeira, ok? Pesquise muito a respeito da erva antes de fazer uso medicinal e, se tiver dúvida, não use! 

Hera
A hera (hedera helix), aradeira, hera-trepadeira, hera-inglesa, entre outros nomes, é uma erva trepadeira, pertencente à família Araliaceae. Gosta de climas mediterrâneos e tropicais e é originada da Ásia, África, Europa e Ilhas Canárias. Possui flores amareladas e frutos negros, que atraem borboletas, abelhas e pássaros. Possui grande valor ornamental e é ideal para jardins, pois gosta de sol pleno. Suas flores e frutos possuem grande valor medicinal, possuindo propriedades calmantes, analgésica, cicatrizante, estimulante e hidratante, no entanto, seu uso somente é indicado com prescrição e acompanhamento médico.
Magicamente, a hera é uma erva fortemente associada à proteção, por isso é interessante ter uma em casa para proteção do lar e da família. A hera é muito ligada às mulheres e é particularmente útil em feitiços de amor. Também está ligada à saúde.

Alecrim
O alecrim (rosmarinus officinalis) é uma erva aromática, tímica do mediterrâneo, caracterizada por ser um arbusto perene, muito ramificado, que atinge cerca de 1,2m de altura. As folhas mais antigas adquirem uma cor verde-acinzentado, enquanto que as folhas novas são verde brilhantes. As flores são azuis ou esbranquiçadas, floresce o ano todo e os cuidados de que necessita são simples. O alecrim possui forte odor característico, sendo muito utilizado na culinária, medicinais, na medicina e indústria cosmética. Seu olho essencial é muito apreciado na aromaterapia. Suas propriedades medicinais, incluem o poder de melhorar o sistema nervoso, a digestão, atua como antioxidante, alivia stress e ansiedade, melhora sintomas de artrite. Use sempre com acompanhamento médico.
Magicamente, o alecrim é uma erva mil e uma utilidade, sendo ótima e essencial para se ter em casa. Associada à purificação e proteção, queime alecrim seco pela casa em Lua Minguante para afastar energias negativas e harmonizar o ambiente. Dormir com um ramo de alecrim sob o travesseiro, tem o poder de afastar pesadelos. Também associado à prosperidade e abre caminhos, sendo essencial em rituais deste tipo. O alecrim também é muito ligado ao intelecto, sendo recomendado levar um ramo desta erva na bolsa sempre que for fazer uma entrevista ou prova ligada à vida acadêmica e profissional.

Cominho
O cominho (cuminum cyminum) é uma erva pertencente à família apiaceae. O cominho é originário do Mediterrâneo Ocidental e Egito, tendo sido apreciado por muitas civilizações na história da humanidade, como celtas, romanos e árabes. É largamente utilizada na culinária e suas propriedades medicinais incluem a melhora na digestão, redução de infecções causadas por consumo de substâncias nocivas, perda de peso e controle dos níveis de açúcar e colesterol ruim no sangue.
Em magia, o cominho é associado à proteção e dispersão de energias e espíritos ruins, purificação. Também é fortemente associado ao amor e paixão.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven


segunda-feira, 15 de julho de 2019

Os Elementais do Ar

O ar é o elemento da mente, do intelecto. É fluido como os pensamentos, que sopram em nossas mentes e moldam nossas ações. Os elementais do ar são os silfos ou sílfides, que são criaturas formadas da energia vital deste elemento. São seres de extrema sabedoria que vivem no céu, nos ventos, nas tempestades, nas brisas. Não podem ser vistos, mas estão sempre próximos dos poetas, artistas, cientistas e pensadores. Detestam ignorância e odeiam pessoas de mente fechada e pensamento estreito. Os silfos gostam de fluidez e movimento. 

Existem vários tipos de silfos, pois os que vivem dentro de uma brisa de verão estão longe de ter o mesmo temperamento e características dos silfos que vivem dentro de um furacão. Gostam de música, de cheiros e adoram objetos como sinos e cataventos. Os silfos que vivem em cidades grandes, devido à alta poluição, possuem comportamento tóxico e nos fazem mal, causando irritações no nariz e pulmões. 

Para contato com os silfos, escolha um local bem arejado, onde o ar seja o mais puro possível, com um parque, se você mora em uma grande cidade. A dica é acender um incenso ou colocar uma música como oferenda. Peça equilíbrio entre corpo e mente, conhecimento, sabedoria e calmaria para seus pensamentos, sempre respirando fundo.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Estudos sobre Ogham: Fid Muin

Seguindo os conteúdos sobre Ogham, o alfabeto oracular celta, hoje foco-me na décima primeira letra, Muin, representada pela videira, letra M e pronúncia "mun".

Videira ou vitis é um gênero de plantas trepadeiras pertencentes à família das vitáceas. Seu gênero mais comum é a vitis vinifera L., cujo fruto são as uvas e da qual é fabricado o vinho. A videira é originada da Eurásia e pode ser cultivada em regiões de clima temperado.Além do vinho, a uva é consumida in natura, seca ou serve de base para diversos alimentos, como sucos, doces e geleias.

Esta Ogham também pode se tratar da planta amoreira, uma vez que é mais comum na Irlanda do que a videira. Para a tradição celta, todas as plantas trepadeiras eram consideradas símbolos de poder, uma vez que podiam enlaçar e submeter outras plantas. Em seu sentido oracular, Muin representa a força, a potência masculina e o poder de subjugar, de fazer conforme sua vontade. Pode ser usada para o bem ou o mal, por isso requer sabedoria. Pede para que o consulente tenha paciência e aguarde, pois os problemas serão resolvidos. Indica força e potência para novos projetos, conquistar novos territórios. 


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven





sexta-feira, 28 de junho de 2019

Deuses Celtas: Blodeuwedd, Bran e Branwen

Blodeuwedd
Blodeuwedd é considerada a Deusa das flores, da sabedoria, mistérios e iniciações. Seu nome significa "face de flor" ou "flor branca" e ela foi criada por Gwydion e Math, a partir de nove flores. Os celtas acreditavam que através de suas nove flores poderiam atrair as bênçãos da deusa, são elas:
1. Giesta - capaz de purificar e proteger;
2. Barbana - afasta os maus espíritos e energias negativas; 
3. Flores do Prado - traziam gentileza e amor natural; 
4. Prímula - que atraía o verdadeiro amor; 
5. Urtiga - que estimula os desejos e as paixões; 
6. Espinheiro - conduz a pureza de espírito;
7. Flores do carvalho - capazes de trazer mais vigor, força e aguçar os poderes da fertilidade;
8. Castanheiro - a permanência do amor;
9. Feijão - trazia as bênçãos da deusa sobre sua criação.
Blodeuwedd foi criado por Gwydion e Math a partir de nove flores para ser a esposa de Llew Llaw Gyffes, visto que este fora amaldiçoado por sua mãe, Arianrhod, a nunca poder desposas mulher nenhuma. 
Seu mito, muito interessante, é aqui descrito:
Ela vivia assim, como a esposa encantadora de Llew, se comportava, se vestia e estava muito feliz. Llew desejou então passar uns dias com Gwydion, seu pai de criação e Blodeuwedd resolveu alcançá-lo alguns dias mais tarde, levando consigo duas senhoras como acompanhantes.
Gronw Pedyr era o Senhor de Penllyn, proprietário de um castelo onde Blodeuwedd decidiu passar à noite, para na manhã seguinte seguir sua viagem. Na hora do jantar conversaram longamente e ela sentiu uma forte atração por aquele estranho charmoso. Gronw também ficou enfeitiçado com sua beleza e os acabaram passando a noite juntos.
Blodeuwedd deveria partir no outro dia, mas Gronw não deixou. Ela ficou mais um dia ... mais um dia-mais outro. Finalmente os amantes buscaram uma maneira de permanecerem juntos para sempre. Blodeuwedd, entretanto, avisa a Gronw que seu marido é muito forte e possui poderes sobrenaturais que impedem qualquer um de matá-lo da maneira convencional. Gronw enviou-a de volta para casa, com o intuito de descobrir uma maneira de matar seu marido.
Tão logo chegou, Blodeuwedd manifestou para Llew, o seu receio pela sua segurança e solicitou a informação de como uma pessoa poderia matar-lhe. O deus Llew, divertiu-se com a preocupação da esposa para finalmente lhe informar que só poderia ser morto por uma lança que deveria ser trabalhada durante um ano e um dia. Também não poderia ser morto dentro de casa, nem fora dela, assim como cavalgando ou a pé.
- Então que maneira há para matá-lo? Pergunta ansiosa Blodeuwedd.
Suas preocupações são sanadas quando Gronw que só poderiam matá-lo ao banhar-se embaixo de um telhado de sapê, num caldeirão na margem do rio, em pé, com uma perna tocando um cervo. - Agradeço aos céus, pois é bem fácil evitar isso. Falou ele.
Imediatamente após receber as informações enviadas por Blodeuwedd, o Gronw começou a trabalhar na lança. Depois de um ano e um dia, Blodeuwedd volta a ter nova conversa com seu marido sobre a maneira como poderia ser modo, mas desta vez, finge ela, que não poderia imaginar nenhum homem ficar parado com um pé na borda de uma caldeirão e outro em uma cabra, sem perder o equilíbrio.
Llew, riu da curiosidade de sua esposa e se dispôs a realizar o ritual. Colocou o pé direito no caldeirão e o outro na cabra e foi neste momento golpeado pela laça preparada por Gronw. Ferido, transformou-se em uma águia que voou para longe com gritos de dor.
Blodeuwedd e Gronw retornaram ao castelo, absolutamente certos que seriam felizes para sempre. Mas Gwydyon, seu pai de criação, muito triste e aborrecido com o que havia sucedido, foi em busca de Llew e quando finalmente o encontrou sob a forma de águia, tocou-o como sua vara mágica e então ele voltou a assumir a forma humana.
Llew pediu então, vingança para os dois traidores e Gwydyon concordou em ajudar-lhe. Foi assim que uma maldição foi lançada à Blodeuwedd e transformou-a em uma criatura da noite: uma coruja. Nunca mais ela veria a luz do Sol. Como a maioria dos pássaros nutrem inimizade pela coruja, ela jamais teria paz, pois eles iriam perturbá-la.
Gwydyon também designou que Blodeuwedd, mesmo assim, não perderia seu nome e é por isso que até hoje as corujas são chamadas de Blodeuwedd em galês.
Gronw foi morto pelas próprias mãos de Llew.
Esta história é encontrada no Mabinogion, o ciclo galês mitológico.

Esse mito demonstra bem a essência de Blodeuwedd e sua ligação com todas as mulheres. As mulheres são tratadas como objetos para satisfazer os homens, com funções e papéis pré-definidos pela sociedade patriarcal. Essa Deusa rebelou-se contra esse sistema e exerceu seu poder feminino, escolhendo o homem que deveria amar e o caminho que deveria seguir. Blodeuwedd representa o empoderamento feminino. Essa Deusa rege sobre o amor, a paixão, impulsividade, instintos, feminilidade, empoderamento, ruptura de padrões, libertação emocional e todos os assuntos ligados à esfera emocional das mulheres.

Bran
Bran, O Abençoado, foi um grande rei na Grã-Bretanha na mitologia Galesa. Seu nome significa "corvo" em galês e, antes de Arthur, Bran era considerado o grande campeão da Grã-Bretanha, por ser um guerreiro inigualável. Bran era um gigante, filho de Lir, o Deus dos mares com uma humana.
Seu mito mais famoso envolve o casamento de sua irmã com o então rei da Irlanda, disponível em: http://portal-dos-mitos.blogspot.com/2016/04/bran-o-abencoado.html.
É um Deus fortemente associado à guerra, batalhas, soberania, reinado, proteção em geral, principalmente familiar.

Branwen
Branwen é a Deusa galesa do amor e da beleza, similar à Afrodite dos gregos. Irmã de Bran e filha de Lir, Branwen é a Deusa considerada a personificação dos espíritos da natureza, rege a vitalidade, a paixão, amor, beleza, sexualidade, energia e ciclos femininos. Seu mito, o mesmo de seu irmão, é o que se segue:
Foi concedida a mão de Branwen, por seu irmão Bran ao rei da Ywerddon, Irlanda, Matholwch, com o intuito de propor uma aliança entre os países. Uma grande festa foi organizada para celebrar tão grandioso acontecimento. Mas eis que surge Efnisien, um meio-irmão de Bran, que irritado por não ter sido consultado, mutila os cavalos de Matholwch. Este último, toma a atitude como um insulto grave e manda seus homens prepararem os navios para regressar à Irlanda. Bran intercede à tempo, oferecendo-lhe ricos presentes em prata e ouro para acalmá-lo. O novo casal parte então para Ywerddon e um ano após nasce Gwern. Porém, a pesar de tudo o rei permanecia irritado e verifica-se que a crise não tinha sido superada. A
união do casal sempre ficou estremecida em virtude de vestígios de ressentimento.
Rumores do acontecido foi ouvido por seus súditos, que desaprovaram a atitude do rei. Cedendo aos seus conselhos, Matholwch resolveu vingar-se de Bran através de sua irmã. Sendo assim, expulsou-a do leito nupcial real mandando-a para a cozinha, onde além de ser obrigada a realizar duras tarefas era periodicamente maltratada a mando do marido.
Isto durou três anos. Neste período Branwen treinou um estorninho a falar e enviou-o à Gales. Desta forma, seu irmão Bran foi avisado de que ela corria perigo e necessitava de ajuda. O rei de Gales enfurecido, prepara seu exército e cruza o mar em direção de Ywerddon.
Na Irlanda uma aparição incomum: uma floresta materializou-se no mar. Matholwch, estarrecido com tal visão, chama Branwen. Ela lhe explica que tratava-se da Esquadra de seu irmão.
Em meio a um grande banquete onde Matholwch abdica seu trono ao seu filho Gwern, ainda criança. Neste exato momento, Efnisien e Bran junto com toda sua guarda chegam. Amigavelmente Efnisien, pede ao rei da Irlanda para abraçar o menino e obtêm o seu consentimento. Quando Gwern vai ao seu encontro, ele joga-o no fogo. Imediatamente o grande banquete torna-se uma batalha sangrenta. Após três dias o exército de Gales é vitorioso, mas o custo é altíssimo, pois seu exército fica reduzido à sete sobreviventes, entre os quais estava o irmão de Bran, Manawydan. Antes de morrer Bran ordena que seja decapitado e sua cabeça seja enterrada na Montanha Branca, em Londres, onde ficaria olhando em direção ao continente e protegeria seu país de invasões futuras.
Ao retornar, Branwen entra em profunda depressão e considera-se maldita por ter provocado tão horrendo conflito. Ela morre e seu corpo é enterrado às margens do rio Alaw, segundo a tradição, em Bedd Branwen, ou Tumba de Branwen. Os sobreviventes restantes seguem a esmo durante vários anos até conseguirem enterrar a cabeça mágica. (Fonte: http://cantinhodosdeuses.blogspot.com/2011/11/deusa-branwen.html)
Branwen possui como símbolos os pássaros brancos, visto que essa é considerada a sua cor, vacas, leite, macieiras.


Beijos e bênçãos,
Valaya Raven